A displasia coxofemoral é uma das principais doenças ortopédicas que acometem os animais de estimação, que causa uma má formação da articulação do quadril. É normalmente encontrada em cães de raça de grande porte, como Pastor Alemão, Golden Retriver, Labrador, contudo raças menores e gatos também estão sujeitos a sofrer do distúrbio. Pode acometer desde os filhotes aos animais mais idosos.

Ela pode ser causada por diversos fatores como:
– Hereditariedade: não é aconselhado que animais diagnosticados com qualquer grau de displasia, reproduzam.
– Dieta alimentar: por isso é importante uma ração de qualidade ou uma alimentação natural equilibrada, para não faltar nenhum nutriente necessário para o desenvolvimento do animal.
– Manejo inadequado: aqui podemos citar o piso liso da maioria das casas que faz com que o animal escorregue e sobrecarregue a articulação do quadril. Também temos a obesidade como fator importante para o desenvolvimento dessa doença.
O proprietário chega na clínica veterinária relatando que o animal está com dificuldade em levantar-se, diminui as brincadeiras, costuma observar um andar “rebolante”. Em graus mais avançados o animal apresenta dor, claudicação, até deixar de usar o membro afetado.
O diagnostico da displasia coxofemoral é baseado no quadro clínico do animal juntamente com alguns testes feitos pelo veterinário e também pela realização de uma radiografia simples de quadril. Na radiografia é possível observar o nível de instabilidade na articulação coxofemoral, sendo assim classificados em graus.
De acordo com o grau da doença e o desgaste por ela causado é feito um plano de tratamento. Nos casos mais simples pode-se usar medicamentos, mudança de piso, caso o animal viva em piso liso, controle de peso e fisioterapia para fortalecer a musculatura das patas traseiras desse animal.
Em casos mais graves é necessário a realização da cirurgia. De acordo com a idade e o tamanho do animal é decidido que técnica cirúrgica tem melhor resultado e recuperação. A fisioterapia após a cirurgia é fundamental para a melhor recuperação do paciente. Em ambos os casos o prognóstico é excelente.
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Dra. Ramille Marques
Graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Pós-graduada pelo Instituto Brasileiro de Reabilitação Animal (IBRA).